São quatro os símbolos cortantes
que gravam o teu nome no meu corpo
ardente;
são facas afiadas que reluzem o brilho do amor;
do amor que me mata
sem que haja tempo
de matar a fome.
Ataca-me como uma arma branca
deslizando,
perfurando,
cortando com contundência,
fazendo jorrar o rubro deste sentimento que não estanca.
Desarmado,
sinto as últimas linhas
de sangue que escorrem traçando
as quatro letras que me acalmam
nos instantes finais,
mas ainda vivo.
Em quatro tempos me matas
e, ferido,
sinto lacerar a certeza de que esta dor
(por mais que queiram)
não fere mais do que a falta
das facas.