Deita-te aqui.
O gosto do ópio paira na minha boca, deixa-me sentir-te enquanto a euforia ainda permanece no meu sangue.
Não venhas tarde, quando o sono lírico se apoderar do prazer que a carne retém.
Nudez do olhar, riso dormente.
Vem ver a actuação da voluptuosidade da morfina, socorre-me da letargia da maré que se deita no meu cérebro.
Os olhos fecharam-se vagarosamente, a mão abriu-se, o frasco caiu ao chão e rodopiou até aos teus pés.
les fleurs mortes.