No meu corpo é abrigada, Vela-me injustiçada, crua! E por mais que esteja nua, Não é mais minha nem sua, Onde a alma é abandonada!
E assim o que me continua, Se o barro me apodrecerá?
Se o que não vemos subirá, O que da vida foi subtraída; Não é a minha carne vestida, Que vai procurar uma saída, Neste meu céu que se abrirá!
Sim, a morte..., não tem vida Dentro de um adeus passado, Porém, mostrou-se atrevida...
É ela que dorme ao seu lado, Premeditada, inconsequente..., E nossa recusa ela nem sente, Por não aceitá-la nossa mente, Pois, é ser nosso fim sepultado!
E sempre a veremos na frente, Seja por seu horror ou beleza, Desiludindo então esta certeza, Deste corpo morto que foi gente.
Sei que ela não tem sutileza, Quando vai descendo na cova... Não amigo! Ela não se renova! E disto sim eu tenho a prova: Ninguém voltou desta tristeza...!
Salvador Zimermann Dali
O Quinteneto-LullyFiuzanino, foi criado em 18/06/2011, por Daniel Fiuza e Alessandra Lully Ferrario, foi inspirado na quintanilha “Veste-se a lua” da excelsa poeta Lully, veja no link abaixo o poema de origem. http://www.recantodasletras.com.br/poesiasdeamor/3039519
Regras do Quinteneto-LullyFiuzanino.
O Quinteneto começa com um monóstico, seguido de um quinteto, depois um dístico, outro quinteto, um terceto, outro quinteto, uma quadra, e termina com um quinteto.
Todo o poema segue as regras da métrica e da rima. As células rítmicas: acentuação livre. A métrica é: Redondilha maior ou setilhas. E as rimas seguem o padrão: