O azar bateu à porta
sem nunca ser esperado,
como a natureza morta
se limita ao passado.
O sol tapado pela noite
esfuma sua luz suprema,
da lua leva um açoite
num duo de eterno dilema.
A sorte tem desencanto
na espera de encantar,
a cada recolha do pranto
por tanta sorte ou azar.
A lua brilha pelas noites
pelos conceitos do luar,
ó sol, nunca pernoites
se o teu plano alterar.
E nesta busca do sonho
na sorte sempre a escapar,
tem-se o azar por medonho
sem nunca se querer abraçar.
Do sol ficam luz e calor
da lua brilho e magia,
que prevaleça o amor
pela sorte tão arredia.
António MR Martins
2012.04.11
António MR Martins
Tem 12 livros editados. O último título "Juízos na noite", colecção Entre Versos, coordenada por Maria Antonieta Oliveira, In-Finita, 2019.
Membro do GPA-Grupo Poético de Aveiro
Sócio n.º 1227 da APE - Associação Portugues...