O que sinto não se compara ao que desejava sentir.
O branco nunca o foi e o preto nunca o será.
A única maneira de demonstrar o absurdo nos absolutos é tentar vivê-los.
A mente humana ultrapassou em muito a ordem natural das coisas e o preço já se paga diariamente. Selo os orifícios com a saliva dos outros e tento nova metamorfose no abrigo do meu emprestado casulo.
Será que vou reconhecer a nova criação?
E apreciá-la, será pedir demais?
Quantas vezes mais terei de voltar a nascer?
Dezembro 2006
A necessidade estará em escrever ou em ser lido?
Somos o que somos ou somos o queremos ser?
Será a contemplação inimiga da acção?
Estas e outras, muitas, dúvidas me levam a escrever na ânsia de me conhecer melhor e talvez conhecer outros.