Na escuridão dos meus pensamentos,
Me resguardo como um animal.
Na neve e no frio abatimento,
Cresce minha aurora boreal.
Sem mãos que me façam acalento,
Sem cama pra me abrigar.
Cubro-me com as vestes do tempo,
Jogo-me em seu desdobrar.
Aonde o vento faz prece,
A cima do nível do mar
Eu vejo animais que se aquecem,
Eu vejo um urso polar.
Vejo o horizonte sem fim
A se perder de vista
Vejo o céu até onde a vista
Não pode prosseguir.
Por mais que o sono me atente,
Meus olhos não querem fechar.
Eu olho o céu á minha frente,
Eu vejo estrelas cadentes,
Mas é só ilusão da minha mente.