A vida corre nas entranças do vazio
calma paira no luar
como a alma acesa presente
no verbo amar;
Escolha de respirar
Ou de morrer subterrado
A alma e a minha vida
Pelo meu ser alado;
Vem de onde vieste
É para a calma que eu vou
Morte incerta de um ser
Que em tempos não amou;
Pela beleza pendente
Na noite que permanece
Na alma que se prende
E um sonho me enlouquece;
Amar os cortes
Lutar contra as mortes
Navegar ao sabor do rio
A vida sempre correrá
Nas entranças do vazio.