Vivia sempre por etar morto,
Talvez pelo meu intimo desejo de o estar.
Os dias iam, nada a sentir e a buscar,
Sentado rotinamente neste porto.
Daquelas trevas em que me encontrava ao fundo,
Com um cheiro agradável me fez levantar,
Ao buscar a rosa que me atraia,
Em uma puxada abalou meu mundo.
Eu via as cores como se nunca as houvesse enxerado
Senti que estive dormindo
Como pude?
Mas agora, Ah agora, eu estava acordado
Queria viver tudo o que perdi.
E quase como que por ironia,
A tua mão, aquela mesma,
Me empurrava ao chão e sorria
Da total desventura minha.
Por tempos me fez desejar as trevas novamente
Queria voltar a nada sentir
Ao menos na vida rotinada
Nao sentia nada, nem a dor que o mundo deveras sente.
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As meias pretas que calço
Apertam meus pés
À maneira que as saudades...
Viajo ver o mar
As ondas que em suas oscilações,
Massageiam a areia
Que em extase se joga ao fundo.
Deixando-me ser levado
Largado em meio
A um oceano de prazer
Em um momento de calma,
Afogado.
Desperto de terno,
Mala em mãos,
Um olhar muito sério,
E nada então.
Sem saber o caminho
De meu presente,
Memória as tinha
Porque tão inconsequente?
Esse é meu primeiro envio ao fórum,
Este poema escrevi a um tempo, na verdade sendo dois distintos que percebi certa relação e postei juntos por ver uma continuidade.
Agradeço por comentários haha!