Há dois mil anos recebeu-se o Presente dos presentes
E a humanidade o rechaçou trocando-o por um bandido,
A História comprova como o Príncipe foi ofendido,
Mas a “ficha” não caiu e o homem continua demente.
Nas sinagogas de hoje o que vale é o dinheiro,
O Evangelho é ministrado como segunda opção,
Quem oferta a grana com emoção alcança a salvação
Numa referência ao ciclo medieval dos trapaceiros.
Comprava-se à Igreja uma lugar cativo no céu,
Hoje o escambo traz a falta de vergonha sem cerimônia,
A ofensa se repete sem medir-se o grau de acrimônia
E os preceitos divinos são desprezados e jogados ao léu...
A pomba do Jordão cada vez mais perto de nós
Revoa todos os dias renovando sublime passagem,
Mas no coração pétreo do homem há uma estiagem
Que o torna incapaz de reconhecer sacrossanta voz.
Nas catástrofes que ocorrem vê-se o final dos tempos,
A atmosfera envenenada cuspirá fogo sobre a Terra,
A vida homicida dos humanos aos poucos se encerra
E o homem não transforma seus sentimentos.
Segui em frente humanidade hipócrita e devassa,
Diante de vós Sodoma e Gomorra são apenas uma farsa!