Estático tento pensar no futuro.
O nevoeiro passa de fora para dentro e anestesia todo o meu Ser.
Tudo se turva e a realidade funde-se com os meus desejos e receios.
O que foi torna a ser e o que é passa a vívido pesadelo.
A minha mente ausenta-se de mim.
Sou levado nas asas de uma gaivota que me dá nova perspectiva.
Será que gosto? Será que importa?
O anseio pelo Futuro apenas revela a nossa presente frustração.
A necessidade estará em escrever ou em ser lido?
Somos o que somos ou somos o queremos ser?
Será a contemplação inimiga da acção?
Estas e outras, muitas, dúvidas me levam a escrever na ânsia de me conhecer melhor e talvez conhecer outros.