Viver e morrer
Rir e chorar
Mas uma vez perdida a inocência
Nunca voltaras a ser o mesmo
Viver as ambições
Ou pelo menos pensar que sim
O fardo pesado
De querer sempre mais
Corta-te as asas
Afunda-te no abismo
Ambição ou nada
Podridão ou nada
És meu inimigo
Apesar do sorriso
Mais cedo ou mais tarde
Vais ser minha vítima
Receber o meu punhal no teu peito
Antes que prove o teu veneno
Esses arrepios que sentes
São a minha noite que cai sobre ti
Não perdes as hipóteses
Que a vida te dá
Mas pelo caminho
Esqueces-te de viver
Mas eu não me esqueço
Do rosto do ódio
Só se vive uma vez
Não quero desperdiçar
A vontade de evoluir
Nesta corrida sem nexo
Bafo pútrido de ódio
Enche os meus pulmões de raiva
Quero viver de outra forma…
Bafo ofegante de ódio
Símbolo de uma vida vazia
Leva o meu coração para longe…
Sol negro de raiva
Queima as minhas asas de ouro
Quero viver de outra forma…
Sol gelado de raiva
Símbolo de um abismo frio
Leva o meu coração para longe…
Abismo vazio de alegria
Afunda-me no meu contentamento
Quero viver de outra forma…
Abismo desprovido de alegria
Símbolo de uma vida esgotada
Leva o meu coração para longe…
“Para amar o abismo é preciso ter asas…”