Nasces nas alturas Chorado pela tristeza dos céus Engrossado pelas lágrimas Dos tormentos humanos Que te regam e veneram Numa vénia, num trejeito Com todo o seu enfeito!
Corres no teu leito Senhoril e altaneiro Banhas as tuas margens Nutres as tuas flores Sustentas quem te consome
Percorres tortuosos caminhos Imbuído no teu ventre de vida Numa pureza cristalina Num esplendor sublimado
Aproximas-te do clímax Dum horizonte de glória Impregnado de momentos Eternizada por tormentos … Paixão; Morte; Ilusão; Desilusão Regados por devaneios de amor!
Ali, perdes a tua pureza Mas ganhas toda uma beleza Dada pela natureza Numa doce virgindade Banhada pela verdade!