Desperto os nevoeiros
na demora
que cedo se apressa
em fortalezas utópicas…
Reencontro as promessas
na leve paisagem
nos degraus escuros
do túnel estreito
onde a voz tropeça
o silêncio se vislumbra
as névoas do olhar
despenteiam sorrisos
num vento alado…
As esferas mudas
circulam em remoinhos
desafinados
a penumbra rapta o sol…
Os degraus são ingremes
no corpo cansado
os fios do horizonte
iluminam para lá das silhuetas
tudo mostra
na clarividência das horas mortas
no despertar dos impérios sentidos!
Partem-se os medos
desvendam-se os segredos
soltos sem demora!
Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...