Estou tentando esquecer o que ainda é fácil lembrar quando isso já me feriu profundamente – ou ainda feri – e diante de um destino tão frio e sombrio a única ponte de libertação que vejo pra mim é a morte. Quando tudo já não faz sentido por não ter mais motivos, razões… Por simplesmente não ter mais um por que – talvez só não o tenha encontrado ainda, mas a espera é dolorosa e o sofrimento parece eterno. Então só quero descansar de toda esta dor, não porque sou fraca para suportá-la, mas porque nem ela mesma tem mais sentido depois de tudo. Pode ser um fracasso pessoal implícito, pode ser alguma força movendo minhas razões para fora de mim mesma ou simplesmente as camuflando – escondendo. Não sei o que é, mas sei o quanto é autodestrutivo e indomável – ás vezes inconsciente – e disfarçar ou segurar toda essa pressão aqui dentro não me faz ter mais controle, só acumula mais do que ainda vai me matar algum dia. – “Meus próprios pensamentos andam me interceptando, a minha alma caminha em um curso distante da realidade, quando meus sonhos deixaram de me alimentar, continuei respirando e a minha vida foi violada” – Viver é algo que já não pertence a mim quando eu mesma sou a minha destruição. A morte está se tornando algo mais do que um fim abominável, uma porta para a fuga das minhas aflições, uma ausência pra silenciar a minha dor. Estou a ponto de romper quando quase me sufoco com cada suspiro – e respirar é estar limitada se não posso ser mais do que esse vazio – a ponto de romper com todo este sofrimento profundo, aguardando o dia de me libertar destes tormentos – o dia que se não for pelo destino, serei eu mesma a me libertar…
Acho que estou apaixonada pela minha tristeza....