P'los prados verdejantes
do meu Alentejo
há rebanhos de solidão
que pastam horas solenes,
guiados p'lo cajado,
conduzidos ao bordão:
campos-de-silêncio
de lirios pintados
de roxo adornados
nas telas do Coração!
Oh Ceifeira do monte! ...
Ceifas ao relento
ceifas à calma,
deixa que te conte,
ouve este canto,
leva as minhas penas
a Saudade e o pranto!
E quando à sombra do montado
enfim descanso minhas culpas,
repouso meus pecados,
agradeço ao Universo
e deixo ali um Beijo:
serás sempre tão meu,
meu-doce-Alentejo!
Ricardo Louro
Estoril
A saudade é uma memória nostalgica de unidade perdida, memória da Alma associada a espaços, pessoas, coisas ou situações que em nós e para nós contém significado animico. Assim é para mim o Alentejo onde nasci, meu berço de aromas ...
Ricardo Maria Louro