Poemas : 

Alentejo: campos-de-silêncio

 
P'los prados verdejantes
do meu Alentejo
há rebanhos de solidão
que pastam horas solenes,
guiados p'lo cajado,
conduzidos ao bordão:

campos-de-silêncio
de lirios pintados
de roxo adornados
nas telas do Coração!

Oh Ceifeira do monte! ...

Ceifas ao relento
ceifas à calma,
deixa que te conte,
ouve este canto,
leva as minhas penas
a Saudade e o pranto!

E quando à sombra do montado
enfim descanso minhas culpas,
repouso meus pecados,
agradeço ao Universo
e deixo ali um Beijo:

serás sempre tão meu,
meu-doce-Alentejo!


Ricardo Louro
Estoril

A saudade é uma memória nostalgica de unidade perdida, memória da Alma associada a espaços, pessoas, coisas ou situações que em nós e para nós contém significado animico. Assim é para mim o Alentejo onde nasci, meu berço de aromas ...


Ricardo Maria Louro

 
Autor
Ricky
Autor
 
Texto
Data
Leituras
1210
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.