Abrange todo o meu corpo e vai além.
Me segura por dentro e arremete
Lavando meu todo e mais alguém,
Que mora em mim e me acomete.
Falo da dor que meus olhos refletem.
Sinto o ardor de suas mãos que repetem
Movimentos pesados e brutais,
Que caíram outrora sobre meus ancestrais.
A dor que devora e desmancha a ternura,
Preenche por dentro a carne em fervor.
Submetida á lagrimas em alta temperatura.
A dor que prepara a carne a tortura
E de cada carne quer sentir o sabor,
De cada clamor quer extrair a loucura.