Que desgosto atroz ver crianças órfãs,
Sem um sentimento de carinho e amor
Como que perdidas, sozinhas e vãs,
Por não terem quem partilhe seu calor.
Andam neste mundo feio feito adultas,
Sofrendo a ignorância dos mais velhos,
Que a tudo mas tudo lhes deitam culpas,
Esse seres incoerentes, velhos e relhos.
Muitas sofrendo de má nutrição procuram
Nas lixeiras o que comer – triste condição,
Que a tudo deitam mão e assim vasculham
Mais um dia de sobrevivência neste mundo.
Que é feito então, do chamado coração,
Que o Homem encarregou de tornar imundo?
Jorge Humberto
08/11/07