Sangue sangue sangue sangue
sangue sangue sangue sangue
sol
uma bandeira indecifrável
guia o desfile
ignora-se a regra tônica
e o chamado doentio
permanece suspenso
- pedra e espinha da voz
Cavalos loucos guardam
túmulos de mulheres virgens
seladas nos sexos pela cera dos testamentos
porque o Tempo é um Anjo
sorrindo buracos negros
Apenas no submundo da lua
há castelos repletos de orgias e vampiros
descreio no adeus porque o sol nunca faltou
e se me foi o coração dado de morada à alma
é porque chora em mim um Amor
tão definido que até o nome
dos sonho decreta entrega
A mesmice do jornalismo não capta quem chegou,
é de propósito, porque na bagunça
a louca harmonia produz as melhores vítimas
Me conduzi além das muralhas desta cidade
aonde a jurumela atlante do perdão e do arrependimento
provoca gargalhadas nos céus
Eu caminho no labirinto dos jardins loucos
aonde as formigas maiores do que os cães
cultuam o serrote,
redemoinhos de ventos materializam anjos bélicos
só porque a aurora é a bandeja de toda permissividade
do meu sexo devoto de você
[size=medium]Eriko y Alvym[/size]