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BURACOS NEGROS

 
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Sangue sangue sangue sangue
sangue sangue sangue sangue
sol
uma bandeira indecifrável
guia o desfile
ignora-se a regra tônica
e o chamado doentio
permanece suspenso
- pedra e espinha da voz

Cavalos loucos guardam
túmulos de mulheres virgens
seladas nos sexos pela cera dos testamentos
porque o Tempo é um Anjo
sorrindo buracos negros

Apenas no submundo da lua
há castelos repletos de orgias e vampiros
descreio no adeus porque o sol nunca faltou
e se me foi o coração dado de morada à alma
é porque chora em mim um Amor
tão definido que até o nome
dos sonho decreta entrega

A mesmice do jornalismo não capta quem chegou,
é de propósito, porque na bagunça
a louca harmonia produz as melhores vítimas

Me conduzi além das muralhas desta cidade
aonde a jurumela atlante do perdão e do arrependimento
provoca gargalhadas nos céus

Eu caminho no labirinto dos jardins loucos
aonde as formigas maiores do que os cães
cultuam o serrote,
redemoinhos de ventos materializam anjos bélicos
só porque a aurora é a bandeja de toda permissividade
do meu sexo devoto de você


[size=medium]Eriko y Alvym[/size]

 
Autor
ERIKO ALVYM
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 01/04/2012 12:09  Atualizado: 01/04/2012 12:09
 Re: BURACOS NEGROS
IMPECÁVEL POEMA, DEMAIS, LIND