Meus sonhos são abortos
Não pude sustentá-los em meu ventre
Sou vítima de vários transtornos
De um corpo fraco e doente
Não há como parar a necrose
E ainda não fiz a necropsia
Observo o silêncio e a morte
Em forte catalepsia
Eles eram meus filhos, minha crias
Eu queria morrer pra lhes salvar
Mas não cessava a hemorragia
Eles eram produtos de uma vida vazia
E que vida eu poderia lhes dar
Onde a morte já jazia?