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Requíem

 
Tags:  poesia    morte    desilusão  
 
Tocam os sinos. Segue em silêncio um cortejo em direção
A terra pronta que se abre, a cova rasa fria e morta
Hospeda quem um dia, morria ainda vivo de paixão
Poeta que agora sucumbe pela incompreensão de sua prosa

Dos poetas demagogos que fazem da poesia apenas seu bordão
Beleza que encobre a mentira, da verdade que não mais importa
Em versos que a rima contorcida, entoa seu deserto de emoção
Desbotando a arte de sua cor, quando o artista não se transporta

Pude sentir a dimensão, do grito que dei quando tentava a correção
Do dia que até ontem as cores, luziam os amores inocentes
Sintonizando as relações, ao viver uma forte e simples paixão

Mas, quase fui feliz. Ainda falo de flores, apenas digo não
A falácia do discurso que fabricam desiguais e diferentes
Homicidas do pensar por desafeto, quando vivo na contra mão


Murilo Celani Servo

 
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murilocs
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