Sonetos : 

Um corpo Sem sombra

 
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Não vejo mais minha sombra amiga

É dia claro de sol forte e escaldante

Solidão que na alma muito me fadiga

Ao meu lado o meu vazio sufocante


Procuro respostas que o pensar obriga

Com olhar choroso, me sinto distante

Sem a sombra que o meu corpo se liga

Sinto-me leve, nesse tempo sou errante


Não existem obstáculos, tudo pra mim é morto

O calor que queima, já não faz nenhum sentido

Grito aos cantos do mundo, e não sou ouvido


Vejo uma sombra, acompanhada do seu corpo

Observo-me no espelho, um reflexo despido

Sou a própria sombra, de um corpo falecido


Murilo Celani Servo

 
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murilocs
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 30/03/2012 15:43  Atualizado: 31/03/2012 20:02
 Re: Um corpo Sem sombra - Para Murilo
bem, já este aqui, ainda que interessante, contém muitos adjetivos
o que, dependendo da idéia do poema, e de como ela flui, pode tornar
a leitura morosa, estagnada. o soneto, em minha opinião de leigo,
deve dar ao leitor a fluidez de um rio: ora lento, calmo, ora
revolto. nada sei sobre sonetos, mas é essa a minha opinião.

um abraço em você, murilo, e seja bem-vindo ao luso-poemas.