Sonetos : 

Riso leve

 
E mesmo assim a vida não cessa,
E nem tristeza é sinônimo de lágrima.
Há um riso leve, e além da última página
Insiste a lembrança que hoje não tem pressa.

Lembrança de um tempo que nem tão longe anda.
Parece de ontem o som da risada.
Hilários bordões na boca da moçada,
Saudosos baianos ao som d’uma ciranda.

Anda. Não vê que mora ainda no vento
E brinca de saudade na dor desse momento
Enchendo-nos de graça a última piada?

Que o riso viva sempre em cada personagem
Que nos deixaste vivos aquém dessa viagem
Pois frente a tua arte a morte não é nada.


Ao "Pelé do humor": Chico Anysio.

23 de março 2012.


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FredericoSalvo
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 28/03/2012 23:35  Atualizado: 28/03/2012 23:35
 Re: Riso leve
"Pois frente a tua arte a morte não é nada."

querido amigo e poeta Frederico, um verso que vale toda bela canção que é o soneto num todo... o Chico merece.
...rss esta minha mania de ouvir melodia em todas as palavras. nas suas sempre têm.
abração caRIOca.
zésilveira


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 30/03/2012 01:21  Atualizado: 30/03/2012 01:21
 Re: Riso leve
*Justa e grande homenagem!
Belo!
Beijo-te
Karinna*