Em alma lusa o fado já branda o costumo
de ver os olhos mareados ao sabor do vento
as tristes realidades do presente sem tempo.
Deixas-te seguir o sentimento com água de chuva
em teu corpo esquecido e destemido
o que antes era dor, agora é marca firme de destino.
Quebrado o vidro que te sustentava a confiança
Deixastes fluir esse nobre sentido
desse olhar que mata, que fere, que magoa...
Em copas te encontras e não deixas os que te querem
oferecer mantos de carinho para sarar essa ferida exposta
atirando o veneno que possuis no coração
a todos os actos do verbo presente.
Não será tempo de acordar os olhos mareados
ao novo sol do destino
para novos veios de merecida compaixão?
P de BATISTA