Eu sou a vossa mais temível e hedionda criação Fruto de medo e revolta de alguns e envolto para sempre Numa velha e intemporal traição e meu submundo escuro, aquele onde vivo e nunca durmo aquele a que vós por receio chamais de negra inspiração…
E empurrado por esta nova vida vos tomo em meus braços e provoco uma violenta e cruel chacina no campo de batalha assassino meus versos com palavras duras e uma vontade mesquinha e sou mais que uma arma mortal, a mim me chamam a morte divina e a meus inimigos, um descanso silencioso lhes tento dar no seu derradeira final…
Sem possíveis remorsos, nem calculista medo eu sou mais um dos revelados, no meio de um sórdido e macabro segredo e dando a vós a morte certa sem sangue derramado de uma qualquer ferida aberta nem possível dor de hediondo carrasco passo a eterno criador vos fazendo renascer na minha triste poesia do meu eu poeta…
Porque eu fui um dia também amável Meus gestos eram de grande amor, e minha escrita por vós apreciável E do meu coração negro não consigo mais me libertar Meus versos são palavras ásperas que meu coração não consegue mais calar…