Rompe o véu celeste meu taciturno grito.
Folhas ao vento ecoam... Reverberam teu nome...
Pranto de sangue, eu choro... Dor de Cristo...
Chora pangéia... Choro eu, o Homem...
Sem respostas grito, grito... Fico rouco...
Situo-me na mais alta das mais altas das montanhas...
Galguei-a contigo dentro de mim... Louco!
Pensando em tua boca jasmim... Que me encanta!
Responde, amor de minha penosa vida,
Aos gritos de desespero meu!...
Aos meus vagidos, ao meu clamor!
Abatido estou pelos raios dos olhos teus
Combatido, prostrado ao solo... Estou...
Abro com minhas hárpias unhas, meu peito...
Não acredito em Deus... Busco em vão
Uma oração...
Sangrando amor e dores recolhidas,
Entrego-te em tuas mãos...
Mãos que tanto beijei,tão macias!
Entrego-te, ainda pulsando...
Ainda pulsando, meu amor,
Entrego-te em tuas mãos...
O meu coração!
O meu coração!...
Gyl Ferrys