Procuro no vento o elo que esqueci
O caminho perdido água que bebi
A morte, é um punhado de pó vadio
Apesar de tudo denso mas arredio
Indago, quando a morte chegar
O que esperar de lembranças ociosas
Um amor de faz de conta, matreira
É a vida, uma canseira inútil, mentirosa
A noite ao abeirar empurra o desejar
Pela valeta vazia airosa e caprichosa
É a vontade que renego, não
A palavra dita por vezes em surdina
Não, mil vezes não, a morte é ardina
Que grita nos tempos vindouros
A falta de tacto, a falta de amor
Na cor deslavada de uma rosa
Que murcha sozinha embalada pelo vento
Desalento no choro escondido
Falta de tempo que teve, um amor vivido
Sonhado e corrido, foi no vento que o escrevi.
Antónia Ruivo
http://escritarubra.blogspot.pt/
Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.
Duas caras da mesma moeda:
Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...