Viva o sol milagre da vida – Lizaldo Vieira
Todos os dias
Nem é preciso esperar
Anunciar
Comerciais extravagantes
Olha a banha
O óleo que cura
Assim que sai a noite
As trevas escuras
La se vêm
Da cara lavada
Amarela
Mostrando os dentes
Festa na aquarela
No brejo de seu roque
Nos jardins de ala
Por que o Sol reluz
Com brilho intenso
Faz-luz
Erradia promessa de vida
Nos vales
Nas janelas
Nos desertos
Trevas em desatino
Enquanto nos campos
Flores se abrem
O orvalho seca
Florescem florestas
Tudo é só frenesi
POR AQUI
Terreemos motivos pra viagens as claras
Mais um verão
Nu e cru
Por que o mundo não será breve
Enquanto dure
E vivo estiver
Com ele
Rasgamos as mascaras da face
Mostrando a acne
Derretendo as glândulas sebáceas
Que alivio
Nas terras do condor
Não será preciso chorar
Nem sonhar vagalumes
O brilho solar pode passagem
Pode até tardar
Mais sempre estará a caminho
Até mesmo para uns descendentes
Em desencanto
Ver o Sol
Manha de sol
Por do sol
Amor o sal
Nem mesmo as turvas nuvens
Não impedirão o espetáculo
Da estrela maior
Nenhum vento cinzento
O dia enfarruscado
O deixará menos afável
Intenso
Calorento
Implacável
Até por que
O Freud
Não explica
O fenômeno do coelhinho da pascoa botar ovo
Nem você tem ideia
Sobre a queda dos dentes
Depois que nascem
Por isso bem vindo o sol
Da manhã
Seus raios brilhantes
Que queime o escuro
Alimente a raiz
As folhas
O tronco
A arvore da vida
E tudo se dará como presente
Em abundância
Pois tudo é divino
Q U E S E D A N E C U S T O d e V I D A - Lizaldo Vieira
Meu deus
Tá danado
É todo santo dia
O mesmo recado
La vem o noticiário
Com a
estória das bolsas
Do que sobe e desce no mercado
De Tóquio
Nasdaq
São paulo
É dólar que aume...