Descontrolei os passos perdidos no tempo, e em corrida persegui o futuro distante, encontrei uma acalmia alucinante que preenchia o vazio de uma vida no espaço de um só dia. De volta novamente dou comigo a escrever encurralado numa sala sozinho, aquela que encontro a cada momento para te desobedecer e mais uma vez procurar, o fundo de um copo vazio o amor que nunca deixas respirar. Em cada continuação de tempo, não procuro um jogo com prolongamento, desejo apenas que este acabe depressa e que o resultado seja o fim do passado.
Manuel Rodrigues