Nos teus castigos humanos levaste a minha divindade.
Num gesto meigo e tentador, roubaste e supras-te a minha inocência anos-luz longe daqui.
Vendeste-me os sonhos dúbios em prol de uma dentada naquela maçã vermelha que trazias em pele nua.
Provocaste o Kaus tirando toda a minha ordem.
Corrompes-te o meu peito como se trata-se de uma pequena película de fibra que dominas. Tiraste-me aquele bombardear desequilibrado… prometendo-me a nossa eternidade.
Vi-me desfalecer… afinal só querias matar a tua fome, agiste segundo o teu instinto e eu, ingenuamente apaixonada, não percebi…
Traíste-me em segredos, em toques que me recusaste dar… em momentos de desprezo face à minha adoração por ti.
Julguei-te um Deus sagrado e em pior não te podias resumir… És aquele ser que jamais encontrará amor, nestas minhas palavras porque nunca soubeste entender o meu respirar.
Morro, num lago imundo de ciúmes imaturos, de dramas levados ao exagero, num lago que eu própria criei com as lacrimosas de ti…
Amo-te assim como te odeio, meu ser imperfeito… mas não te odeio tanto como te amo.