"... assim eu me sinto, como num labirinto,
apanhando as frases,que passo para o papel,
verdadeira babel ..."
No caos dos pensamentos,
sem nenhuma luz,
só tristes lamentos
caminhar para o infinito,
murmurando sozinho,
sequer eu cogito
nas palavras desconexas,
frases sem sentido,
com o respeito devido
em sentenças perplexas
que todas reunidas,
não teriam coerência,
restariam divididas,
muitos sons dispersos
formando os versos
com significado nenhum.
Assim eu me sinto,
como num labirinto,
apanhando as frases,
que passo para o papel,
verdadeira babel,
então eu me atrevo
e assim eu escrevo,
num translado fiel
este poema caótico,
quase assim um painel,
mas no meu plano ótico,
até sintético e lógico.
" ...descrevo sem fazer desfeita,
meu sofrer e meus amores
não preciso de receita
muito menos prescritores."