Os véus caem. Um após outro.
A realidade toma contornos e tons diversos.
A mesma banda troca de instrumentos e toda a música se transforma.
Pontapeio-me nos rins e rio tal qual hiena.
Passo a vida criticar os outros na ânsia de fazer de mim um melhor Homem.
A estupidez dos meus próprios actos é a minha melhor ferramenta didáctica.
Felizmente os véus são mais que muitos.
E aquilo que me faz chorar a mim, certamente a outros faz despregar as bandeiras a rir.
Os factos, idéias e actos são tantos que sinto a necessidade de fechar os olhos até entender quem Sou, o que Tenho e onde Estou.
A necessidade estará em escrever ou em ser lido?
Somos o que somos ou somos o queremos ser?
Será a contemplação inimiga da acção?
Estas e outras, muitas, dúvidas me levam a escrever na ânsia de me conhecer melhor e talvez conhecer outros.