Peço por favor: Não me leve a mal. Mas meu nome primeiro é Fulano de Tal Nasci em qualquer lugar. Hoje eu moro aqui. Mas posso morar do Oiapoque ao Chuí.
Creiam-me que conheço todo o mundo Que em minhas andanças passei por tudo E posso afirmar hoje que não foi brincadeira Subir pelos tantos montes, inúmeras ladeiras...
Nisso eu envelheci e vivi um sofrimento medonho. Porém nada nem ninguém pôde me furtar o sonho Onde eu passeava feliz pelas cidades encantadas Quando eu adormeci no cimo dos sonhos maus dormidos E acordei no chão das minhas realidades bem acordadas...
Mas sou perseverante. Mesmo morto continuo a viver. Acredite-me: Eu posso viver dentro de você. Basta que você me queira por perto ou ausente. Pois assim eu nasci, morri e vivo crente
E assim eu vivo dos que se foram no roldão, Continuo sempre com uma unidade na multidão Dos que continuam no passado, no futuro ou no... Presente!