Estranha melancolia,
que chega nos braços da estação
que paira como nuvens de aluvião
Estranha melancolia,
que atormenta meu coração
que abala meu chão
Estranha melancolia,
que domina o entardecer
que anuncia o anoitecer
Estranha melancolia,
que lança folhas secas
que alimenta as poesias
Estranha melancolia,
que avança na corrente
que sublima o presente
Estranha melancolia,
que se revela como uma onda
que se ondula feito uma duna
Estranha melancolia,
que me leva ao porto
que me envia ao deserto
Estranha melancolia,
que me perturba o espírito
que me sufoca o peito
Estranha melancolia,
que aprisiona o poeta
que liberta o poema.
AjAraujo, o poeta humanista, escrito em 20-mar-2012.