Deixa-me ir do jeito que sempre vivi,só.
Deixa-me seguir por onde quer qu'eu vá
No silêncio de minh'alma
Sem mais querer ou esperar
Sonhos, canções, gratidão ou algo mais!...
Deixa-me esquecer que um dia lembrei
Das dores do mundo
E tudo que sufoquei
Dilacerando minha existência
Sem saber o que colher...
Deixa-me agora que parto sem esperanças
Para encontrar, talvez, quem sabe,
Algo que me faça sarar
De tantas feirodas, amarguras e desditas!...
Deixa-me caminhar na movediça estrada
Sob olhares que desconheço
Mas que um dia socorri!...
Deixa-me ir do jeito que sempre vivi,só.