Crendices e cobiças
Dor de cabeça onde alfinetes
Espetam certeiros, intermitentes
Os pensares imploram olhares
Raivas ocultas, masturbação inglória
Deixa na retina o acre da história
Tal pilone ornamentado por estátuas mortiças
Na cera deslavada cai o ocre do desejo
Atenção, antecede os cornos do veado
A juba do leão, o barro
De tão velho cheira a morte
Abutres intransigentes desfalecem
Os deuses por fim têm o altar almejado
As cortesãs esfaimadas ajoelham
Aos poetas resta olhar
Olhar numa conivência aparente
Batam palmas ao descrente
Que o poeta benevolente
Abre as portas de par em par.
Antónia Ruivo
http://escritarubra.blogspot.pt/
Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.
Duas caras da mesma moeda:
Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...