TRINTA E OITO GRAUS
(Jairo Nunes Bezerra)
Já não é som são roncos o que o ventilador libera,
Tentando ultrapassar o calor...
E o poeta revoltado de esguelha,
Presencia tudo com desamor!
Melhor seria no inverno,
Com a ostentação do frio até o anoitecer...
Mas agora o calor transforma o espaço em inferno,
E a inspiração tende a desaparecer!
Perseverante o poeta vai em frente,
Embora quase não aguente,
O calor que reina!
E esses versos saltitantes e deslocados,
Produtos de um cérebro azucrinado,
Impera na sexta-feira!