Eu saio Todos os dias à tarde Por toda a cidade A te procurar
Nervoso Eu acendo um cigarro Entro no meu carro E vou de bar em bar.
Tristonho Eu me vejo no espelho Com os olhos vermelhos E a me perguntar:
Porque é tão grande a ferida Que não sara nem cicatriza Com outro qualquer medicar?
Porque não me é permitido? Porque me fugiu o Paraíso? Diga-me onde você foi morar?
Cai a noite Eu me perco em desespero Saio sem rumo pelos becos Procurando algum lugar
Quisera que fosse farto de verdura Com uma montanha tendendo a oeste Com uma mata cheia de bichos silvestres Com a casa avarandada defronte pro mar...
Quisera que fosse com meu amor, meu bem... Morre a madrugada e um novo amanhã vem Uma brisa matutina me corta feito uma navalha: Amanhã quando nascer o dia não voltarei para casa!
Feche os olhos...sinta...e não precisará encontrar...virá até você.Talvez não o que pensas desejar mas com certeza o que estás a necessitar. Belo texto. Gostei muito de ler.Parabéns!