Em meu corpo chove o suor da utopia
Inundando as crateras da região agreste,
No mar que desfila suas vagas no ponto leste
Há calhas que protegem o ribombar da fantasia.
No dilúvio intenso evidencia-se a fadiga do organismo
Que labuta lento sem os acordes da sinfonia,
No marasmo em que desponta uma sutil letargia
Ocorrem querelas que buscam iludir o despotismo.
Há dormência lombar nos ossos do esqueleto
Que causa cataclismos de teor suspeito
E seqüestram-se as magnólias que não vivem no sertão...
A garoa ácida fecunda o néctar da nostalgia
Reduzindo os efeitos que adereçam o ornamentar da alegoria
Que finge alimentar os pilares exóticos da emoção!