O amor fez-me chorar na solidão
De um claustro suspenso de um jardim,
No colo da saudade uma angústia pranteia sem fim
Os malabarismos que fazem piruetas em meu coração.
O amor deletou os genes de minha sensibilidade
E minha sensualidade gritou em sinal de alerta,
Fragmentos de dor deixaram na seara deserta
A insensatez que fotografou intensa iniqüidade.
O amor deserdou-me de conquistas hidratadas
E me pôs a mercê de embalagens deformadas
Que o tempo consignou como nuances de precipício...
O amor instalou-me numa plataforma de imperfeição
Onde carinho e ternura denunciaram com decepção
A abstração de um sentimento inócuo e fictício!