Que belos são os teus ramos,
os teus nós entrelaçados…
Quem és tu?
Dizes-me que és uma árvore apenas,
Entranhada na terra, à mercê do vento,
da chuva e do sol…
És, realmente, bela,
to digo eu que sei tudo acerca da beleza!
És serena e imponente,
apesar de um pouco altiva,
invejo-te o porte elegante
e as rugas de sabedoria...
Nada temes nem receias
seja dor ou sofrimento,
nada muda o teu semblante
nem a morte nem o vento…
As coisas que já viste
e tiveste que calar
Carregaram-te o olhar
com uma sombra triste…
e da tristeza, bem sei falar!
Sente o meu perfume
é pura melancolia,
serei eternamente jovem,
Sem saber nada da vida.
Morre-se-me,
Aqui perante ti,
o meu tempo mas se tenho só este momento
então nasci p’ra te admirar…
Incipit...