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Aonde o Amor Terminava

 
Aonde o amor terminava, eu nascia
E o mundo era mais mundo, diferente
E como sempre, o amanhã. Caladamente
Uma fonte de sonhos florescia.

Em mim, por mim. Corria o vento frio
Em meus olhos mais límpidos. Frente a frente,
Minha sombra e eu, maravilhosamente
Sós, sem sêde, sem nada, sem vazio.

Palavra que para chegar a fama
Sem céu que pintar de azul, sem mão
Que levar, amadora, a cintura.

Sem fogo que avivar, sem outra chama
Que, a que, a alma rubra do verão
Incendeia serena em minha ventura


Rui Garcia

 
Autor
Rui Santos Garcia
 
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