NOTURNO (2)
Um relâmpago trincou a solidão noturna,
As luzes do apartamento piscaram
Em câmara lenta e desabou a tempestade.
A chuva bateu na minha janela
Pedindo socorro.
Pela vidraça embaçada
Vejo as luzes da iluminação pública
Como grandes borrões impressionistas.
Uma grande tristeza invade a minha alma
E, talvez, eu escreva um prelúdio em tom menor
para não sofrer muito..