Crianças gostam de açucarar a vida,
Vivem na sacarose alegre dos folguedos,
Correm e se divertem associadas aos brinquedos
E choram de desencanto quando se sentem reprimidas.
Nos castelos da infância gravam-se segredos
Que arrepiam os mais inomináveis sonhos,
Esboçam-se sorrisos de um palor nada tristonho
Em que se encobrem astúcias isentas de medo.
Na suntuosidade angelical que vivifica a inocência
O desvelo pueril é a marca que cicatriza de excelência
Os anos dourados que ficam exilados da maturidade.
Ingênuos cálices de esperança que alimentam o coração
Em que se vinculam fiel sinceridade e nobre afeição
Na batuta que rege este universo repleto de felicidade!