Amamento caricaturas de devaneios
Que tingem minha alma de solidão,
Encarapuço tais sonhos em meu seio
E deixo que fantasmas povoem meu coração.
No solo infértil de meu ventre
Há uma saudosa andorinha que sibila ressabiada,
Seu canto se perde pelos confins das madrugadas
E o silêncio apodrece a saudade de repente.
Nas areias negras do meu deserto escorre o pranto
Que meus olhos céticos e pálidos de espanto
Permitem o germinar do meu indócil pensamento.
Um oásis desponta numa seca superfície da terra
Onde torvelinhos engordam uma ficção que encerra
Acordes sinfônicos que desequilibram o despertar do sentimento!