À beira do mar me despeço do teu encanto
Deixo-o como oferenda para o Teu Orixá
Para tua Senhora
Iemanjá
Antes de partir, porém, uma última dança
Uma ultima vez teus Céus
Teus véus
Teu riso que é tal Sol
Descortinando a noite da alma
Teu ritmo que é o espelho do Mar
Teu Servo, teu reflexo
Ondas que quebram
Por vezes com calma
Outras tantas em fúria
Ambígua malemolência
Sagrada indecência
Divindade profana
Adeus
Deixo-te partir
Em teu exímio bailar
Com teu exíguo coração
Canta para subir, Cigana