arrisco o improviso,
arrisco atirar-me ao vento
e sentir o prejuizo
de me enudecer sem temperamento...
na anterior jornada
sem contar achei o meu cantinho
possa minhalma estar enganada
e engasgada com inquinado vinho...
Eu que um luso portentoso
me qualifico,
escrevo poemas à minha maneira...
O que é espantoso
é que embriagado fico
sem alcool tocar, que bebedeira (de alegria)!
Sou fiel ao ardor,
amo esta espécie de verão
que de longe me vem morrer às mãos
e juro que ao fazer da palavra
morada do silêncio
não há outra razão.
Eugénio de Andrade
Saibam que agradeço todos os comentários.
Por regra, não respondo.