Em meu seio, a voz apagada
Distante de mim, distante dos outros
Essa sensação fria, desértica
Presa em mim... Nunca me liberta...
Um campo solitário feito para minha alma.
O silêncio que não alcança outras almas
Feito para minha boca
Moldado somente para minha alma
Outra dor e uma mesma escuridão
Esta minha vida que nunca parece vida.
[Vozes, sussurros... O que eu nunca soube...]
Lá longe... Longe... Na meia noite
Aquela escuridão que não é minha
Aquele silêncio que não me pertence
Aquela solidão que não me condena
A minha alma morre... Eu morro.
[Na distância... O vento que não assobia... Eu me perdi...]
Dentro de mim, a voz acorrentada
O grito que nunca foi livre
Dentro de mim, o silêncio esguio
Que machuca... Que retalha...
Despedaçada, ainda tento me calar.
Acho que estou apaixonada pela minha tristeza....