Quando visitavas meus sonhos,
descias ladeiras em rodopio.
Eu sussurrava
poemas femininos.
A
voz de baixo profundo
exalava odores e desejos
na pele e nos ossos.
No quarto, perfumes,
vestidos de festas,
coleções de sapatos.
[me trasportavas nas curvas
dum rio lavando pedras}
Toda nua, tecia planos.
Hoje não calo,
não fecho a porta.
Recebo amores
onde habitavas.
Poemas em ondas deslizam nas águas.