Ter pena dos outros é coisa de petulante,
Mais se parecendo com um veraneante,
Fotografando aqui e ali a desgraça alheia,
Cheios de graça descabida e verborreia.
Enfim há muitos aí que se julgam os tais,
Que tudo podem, tratando como animais
Os que lhes são iguais, anti congruência
Reinando incólume – e em permanência.
Crianças pedindo atenção são repelidas,
Por estas gentes sem coração impelidas
Pelo egocentrismo que as perde de todo.
E regressando a casa cheias de vil ânimo,
Põe-se a fumar certas flores de cânhamo,
Para assim esquecer suas casas de lodo.
Jorge Humberto
06/11/07