Hoje faço-me de luto
Preto é o manto que me cobre
Negra a aura deste meu corpo devoluto
Submersa em meu surdo pranto
Que brado muda e só em meu recanto
Pesam fúnebres cânticos em mim
Que ecoam notas de uma amargura sem fim…
Sob o pesar desta morte anunciada
Tudo farei para ergue-me, ainda que sacrificada
Rasgarei este manto que me mortifica
Sairei para a vida... desnudada, arredando para trás
Qualquer resquício que de ti… em mim… ainda jaz…